sexta-feira, 6 de julho de 2007

Não é por acaso...

que o meu blog se intitula "Under Pressure".

Acreditem mesmo que vivemos todos dentro de uma panela de pressão.

E não são necessários 48 anos de repressão, pois ela já existe com outras pinceladas é certo!

Onde perguntam vocês?

Hei! Acordem!

Constantemente estamos a ser observados, até o pastor (se é que ainda existem verdadeiros pastores?) lá na serra ou o velho alentejano sentado à beira da porta da sua casa apanhando sol ou aquela tribo africana.
Assistir à guerra do Iraque "in loco" sentados no sofá lá de casa, com uma tigela de pipocas tal filme se tratasse é vulgar de Lineu!

A globalização faz com que qualquer acontecimento no outro lado do Mundo tenha repercussões imediatas nos seus antípodas.

Câmaras de vigilância, satélites observam-nos 24horas e não são marcianos que o fazem!

George Orwell foi um génio ao escrever "Animal Farm" e " 1984" na década de 40, do século passado.

O primeiro livro existe em filme animado; espectacular!

O "1984" virou filme de ficção. Não sei se estará disponível na Cinemateca, p.ex., pois seria bom revê-lo. É a actualidade pura publicada em 1949. Relata o funcionamento de um mundo, no qual o governo controla as massas controlando os seus pensamentos, alterando a história, alterando mesmo o significado das palavras de acordo com as suas necessidades.

E já que estamos numa de livros e de filmes talvez também fosse bom lerem, verem:

o filme “Fahrenheit 451”, do cineasta francês François Truffaut, baseado na obra homônima do escritor norte-americano Ray Bradbury, conta a história de um “bombeiro”, cuja função não é apagar o fogo, mas queimar livros de bibliotecas clandestinas, numa sociedade no futuro, onde o governo proibiu toda e qualquer leitura, à maneira dos nazistas.

Queremos ser livres, queremos liberdade!

O exagero da liberdade, acabou com ela própria, não se estabelecendo limites, regras, ética. Começa nas relações parentais hoje monoparentais, evoluíndo hierarquicamente até ao poder central.
Era vulgo dizer-se e repetir-se vezes sem fim "a liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro". Mas isso está posto de lado!

Entram créditos sobre créditos nas famílias diariamente; as famílias desfazem-se; não se criam novos elos, ninguém acredita em amores eternos, companheirismo, o dar sem esperar nada em troca.

As classes mais baixas investem na compra do carro, último telemóvel, DVD, Home cinema.
Na dita classe média-alta voa-se para sítios longíquos há procura de praias paradísiacas, esquecendo os autóctones.

Não há tempo para o convívio, para partilha de emoções e ideias, para os velhos abandonados, curiosamente os mais respeitados nas ditas "tribos incivilizadas".

Todos diferentes, todos iguais ou será todos iguais, todos diferentes?

Bullshit!
Continuamos a colonizar os povos com menos poder económico, chegando ao ridículo de se observar uma linda mulher negra com o seu belo trage, seios desnudados e relógio no pulso. Ou capital como Pequim, completamente descaracterizadada tipo New York, cheia de arranha-céus ou ainda Moscovo com a última moda de Paris, MC'Donalds, and so on, and so on!

O mundo dos afectos está descontrolado. Releiam "A Insustentável Leveza do Ser". Um livro que relata um amor que vai funcionando sem nunca funcionar. Um amor que funciona apenas, e só, porque o tempo passa e esse amor não termina. A cada página esse amor parece autoconsumir-se. É como se o amor fosse um caminho descendente. Todos os amores o serão. Mas alguns, por maldição talvez, são um caminho que fica no lado escuro dos territórios do amor.
É o medo da solidão!!!

Ok mas vamos lá "globalizar" amanhã, assistindo à nomeação das 7 maravilhas do Mundo.
A propósito sabem quais eram as anteriores que eu orgulhosamente possuo guardadas num livro do Reader's Digest desde os 12 anos, a saber:
- a Grande Pirâmide de Gizé;
- os Jardins Suspensos da Babilónia;
- a Estátua de Zeus, em Olímpia;
- o Mausoléu de Halicarnassus;
- o Templo de Ártemis em Epheseus;
- o Farol de Alexandria;e
- o Colosso de Rhodes.

Até sempre e por mim vou continuar a acreditar no amor em Portugal ou em qualquer canto do Mundo!

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